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 | 29/11/2004 20h23min

Novo presidente tricolor terá difícil missão em 2005

Além da disputa da Série B, clube terá que administrar dívida de R$ 95 milhões

Definido o rebaixamento à Série B do Brasileirão, o Grêmio já pode começar o trabalho para a disputa da temporada de 2005. Mas os problemas não são poucos no Estádio Olímpico. A grande questão é quem será o presidente gremista ou, ao menos, candidato ao cargo. As inscrições das chapas para o pleito se encerram na próxima sexta-feira, dia 3.

O Movimento Grêmio Vencedor, liderado por Fábio Koff, estuda os nomes de Paulo Odone e Adalberto Preis. José Arthur Mickelberg surge como alternativa do Grêmio Independente. O Mudança Já, liderado por José Alberto Guerreiro, não deve ter candidato.

A escolha do novo comandante não é o único problema. A nova diretoria terá que administrar um déficit mensal que oscila entre R$ 450 mil e R$ 650 mil. Além disso, o clube possui uma dívida de R$ 95 milhões. Deste valor, R$ 50 milhões – dívidas com outros clubes, fornecedores e ações trabalhistas – devem ser pagos em no máximo dois anos. O restante da quantia é relativo a dívidas fiscais, que foram refinanciadas pelo Programa de Recuperção Fiscal (Refis) do Governo Federal.

A ida para a segundona representa também uma queda nos rendimentos com a televisão. O tricolor seguirá recebendo da Globo os R$ 900 mil mensais até agosto de 2005, mas em setembro a cota baixa para R$ 450 mil. O alento para a torcida gremista é o profissionalismo que hoje rege a Série B.

A disputa é supervisionada pela Futebol Brasil Associados, que presta assessoria jurídica, comercial, técnica e administrativa. É uma espécie de Clube dos 13 da segundona. A entidade organiza passagens, hospedagem, antidoping e direitos de transmissão.

A Série B será disputada entre abril e novembro de 2005. No entanto, a tabela e a ratificação da fórmula só ocorrerão na segunda quinzena de janeiro, quando a CBF realiza o congresso técnico da competição. O regulamento, no entanto, está assegurado. São seis clubes que caem para a Série C e apenas dois voltam à elite. Em 2006, quando as duas primeiras divisões estiverem com 20 participantes, a tendência é que haja grande rotatividade, com acesso e descenso de quatro equipes.

 
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